Ao contrário da cúpula petista, o governo brasileiro ainda não reconheceu o triunfo de Nicolás Maduro sobre Edmundo González
O presidente Lula em 22 de julho de 2024. Foto: Evaristo Sá/AFPPUBLICIDADE
Por Carta Capital
O presidente Lula afirmou que o Partido dos Trabalhadores tem autonomia e não deve “pedir licença” para se manifestar sobre a eleição na Venezuela. A legenda reconheceu a vitória de Nicolás Maduro, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral, e disse ter ocorrido “uma jornada pacífica, democrática e soberana”.
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O governo brasileiro, por sua vez, ainda não atestou o triunfo do presidente venezuelano sobre o opositor Edmundo González.
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Lula enfatizou que o documento do PT “reconhece e elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve” e, ao mesmo tempo, reforça que o CNE “já reconheceu Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não”.
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Na madrugada da segunda-feira 29, o Conselho Nacional Eleitoral informou que Maduro obteve 51,2% dos votos na corrida presidencial, contra 44,2% de González. A oposição, contudo, não admitiu o resultado e incentivou de pronto uma mobilização contra o governo.
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“Então, tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador”, minimizou Lula. “Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição. Teve uma pessoa que disse que tem 51%, tem outra pessoa que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não, entra na Justiça e a Justiça faz”.
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Segundo o presidente, apenas a apresentação das atas de votação poderá viabilizar o fim da disputa, ainda que o caso chegue às instâncias judiciais. “Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso e vai esperar a Justiça tomar o processo. E aí vai ter uma decisão que a gente tem que acatar.”
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Lula defendeu, por fim, o fim da “ingerência externa nos outros países”, em referência às sanções aplicadas por Estados Unidos e União Europeia contra a Venezuela.
A publicação das atas eleitorais também esteve no centro de uma ligação telefônica entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na tarde desta terça.
“Os dois líderes coincidiram na necessidade de que as autoridades eleitorais venezuelanas divulguem de forma imediata informações eleitorais completas, transparentes e detalhadas de cada centro de votação”, disse a Casa Branca em um comunicado.





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