18/06/2024

Suspeitos de envolvimento em plano contra Moro são executados na cadeia em SP

'Nefo' e 'Rê' estavam na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior paulista

Janeferson Aparecido Mariano Gomes (à esq.) e Reginaldo Oliveira de Souza foram mortos na prisão - Reprodução/UOL

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Por Wendal Carmo / Carta Capital 

Dois suspeitos de liderar um plano para sequestrar o senador Sergio Moro (União-PR) foram assassinados dentro da penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, nesta segunda-feira 17. A suspeita é que outros integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC, sejam os responsáveis pelas execuções.

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Janeferson Aparecido Mariano Gomes (conhecido como Nefo) e Reginaldo Oliveira de Souza (o Rê) estavam detidos desde março de 2023, quando foram alvos da Operação Sequaz, responsável por desmantelar a conspiração contra o ex-juiz da Lava Jato e outras autoridades.

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Três presos aproveitaram o banho de sol após o almoço para levar Nefo a um banheiro, onde ele foi morto a facadas. Na sequência, os mesmos homens mataram Rê, também com golpes de faca. O trio confessou a autoria do crime logo após as execuções.

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Os responsáveis, informou a Secretaria de Administração Penitenciária, foram isolados e devem responder a um inquérito. O local também passou por perícia e as motivações do crime estão sob investigação.

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Ambos faziam parte de células que monitoram e planejam ataques contra autoridades no Brasil. Os integrantes da organização criminosa chegaram a receber treinamento de guerrilha do movimento Exército do Povo Paraguaio, grupo armado que promove atentados no país vizinho.

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Segundo as investigações, os faccionados teriam pesquisado os endereços dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para realizar o que classificavam como uma missão no Distrito Federal.

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Além deles, o promotor do Ministério Público de SP Lincoln Gakya estava entre os alvos.

Os atentados contra autoridades e o promotor eram considerados o plano secundário da facção. A prioridade seria resgatar o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, que está preso na penitenciária federal de Brasília.

Nefo, também chamado de NF, tinha 48 anos e colecionava passagens por roubo, motim e cárcere privado.

Rê, por sua vez, é apontado como liderança do PCC há mais de 20 anos. Ele já foi denunciado por comandar um ataque com mais de 30 tiros e três lançamentos de granada contra uma base comunitária da PM em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, em 2003. Também respondia por outros crimes na capital paulista, em Campinas e em diferentes cidades do interior.

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