10/05/2024

Governo Lula vai à Justiça contra Pablo Marçal e cobra resposta sobre socorro ao RS

A AGU mira publicações do coach nas redes sociais sobre o trabalho das Forças Armadas

Pablo Marçal foi pré-candidato à Presidência. Foto: Reprodução


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Por Carta Capital 

Advocacia-Geral da União apresentou nesta quarta-feira 8 uma ação à Justiça Federal de Barueri (SP) contra o coach Pablo Marçal, com uma solicitação de direito de resposta.

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Segundo o braço jurídico do governo Lula (PT), a medida é necessária diante da circulação de vídeos nas redes sociais nos quais Marçal afirma que as Forças Armadas estariam inertes diante da tragédia no Rio Grande do Sul.

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O mais recente balanço da Defesa Civil gaúcha aponta que 100 pessoas morreram em decorrência dos temporais e 4 mortes seguem sob investigação. Há também 128 desaparecidos, 372 feridos e 230,4 mil pessoas fora de casa (considerando desabrigadas e desalojadas).

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A ação partiu da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, um órgão da AGU, e pede que a Justiça determine a Marçal a publicação de uma resposta da União com informações sobre o trabalho de militares no enfrentamento às consequências das fortes chuvas.

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A Procuradoria argumenta que, ao mirar a credibilidade das Forças Armadas no caso, Marçal dissemina desinformação prejudicial ao socorro ao Rio Grande do Sul, uma vez que sua atitude pode desencorajar a entrega de doações e atrapalhar os resgates.

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O influenciador, com mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, chegou a afirmar que um empresário teria disponibilizado mais aeronaves que a Força Aérea Brasileira para as ações de suporte à população gaúcha.

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“Não se questiona, portanto, a capilaridade nociva de que se reveste um vídeo com conteúdo de desinformação, especialmente se produzido por alguém a quem a sociedade reputa possuir uma maior confiabilidade, em razão da popularidade que possui”, diz a AGU em um trecho da petição.

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Para a Advocacia-Geral, a desinformação está fora da guarida da liberdade de expressão e “atinge diretamente o direito fundamental à informação correta”.

“A confiabilidade no funcionamento do sistema federal de apoio às vítimas é essencial para que os atendimentos emergenciais sejam eficazes e atendam à população de forma mais célere e eficiente possível.”

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