Na última convenção em Pernambuco, a do PSB, na próxima sexta-feira, no Clube Português do Recife, o comando da campanha de Danilo Cabral já decidiu que concentrará toda a sua artilharia contra a candidatura de Marília Arraes, do Solidariedade, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado.
PUBLICIDADE
A estratégia, embora divida opiniões internas, vai ser implementada custe o que custar por decisão da viúva Renata Campos, do seu filho e prefeito do Recife, João Campos, do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, além dos três integrantes da chapa, no caso o próprio Danilo, Luciana Santos, a vice, e Teresa Leitão, postulante ao Senado, esta se curvando às pressões do senador Humberto Costa, já que tinha até então uma excelente relação com Marília.
PUBLICIDADE
Esse conjunto, segundo o que apurou o jornalista Magno Martins, já teria identificado, através de pesquisas internas, que são remotas as chances da Frente Popular ir ao segundo turno contra Marília e que, neste cenário, o melhor resultado político-eleitoral, seria entregar a vitória nas urnas a qualquer candidato da oposição, com exceção da candidata do Solidariedade.
PUBLICIDADE
“Perder já vai ser um transtorno pós-eleições, mas perder para Marília vai ser o pior dos mundos. Por isso, a decisão foi de escolher ela como inimiga mesmo. Concentrar todos os ataques contra a candidatura dela, para que saia da zona de conforto. Esses ataques podem tirar dela essa vantagem surpreendente no segundo turno”, confidenciou um dirigente e membro do Conselho Político da campanha.
PUBLICIDADE
A avaliação é que uma possível vitória de Marília isolará três forças políticas no campo das esquerdas de uma só cajadada: o PSB, de João Campos, o PT, de Humberto Costa, e o PC do B, que estão na linha de frente para não permitir o avanço político da candidata do Solidariedade sobre suas bases. O diagnóstico é que numa eventual vitória de Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (União Brasil) ou Raquel Lyra (PSDB) o efeito da derrota seria apenas eleitoral, e não político.
“Perder para um desses três, a gente perde uma batalha. Perder para Marília, na verdade, é perder a guerra, entregar nosso território ao inimigo”, comparou a fonte. Do seu lado, o comando da campanha de Marília Arraes já identificou essa articulação e já discute internamente como se posicionar frente a ela.
Há duas opções na mesa: uma, a de manter o nível do debate político. “Eles (Frente Popular) já vinham sinalizando que iam intensificar os ataques contra nós. Mas até agora estão fazendo acusações no campo que a política permite. Se ficar por aí tudo bem”, comentou um aliado de Marília.
O aprendizado de 2020 – A segunda alternativa, ao ser questionado se o nível baixar em função da experiência que se viu na campanha de 2020, onde a candidata e o PT, então partido que ela disputou a Prefeitura do Recife, sofreram um volume de ataques pessoais e baixarias, esse mesmo aliado foi taxativo: “Aí, a coisa muda figura. Aprendemos com 2020. Tiramos lições daquela disputa. Só que agora, além de munições próprias, reunimos dados, informações e muito, muito mais elementos de inúmeros insatisfeitos com o tratamento que receberam de lideranças do próprio PSB e do PT”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário