03/11/2018

PDT de Ciro Gomes se articula para assumir protagonismo na esquerda

Dirigentes do PDT criticam ''hegemonismo'' do PT no campo da esquerda

Antevendo a oportunidade de se tornar o novo rosto do orfão eleitorado de esquerda, Ciro Gomes, outrora aliado e defensor do PT e de Lula(até mesmo afirmando que se eleito soltaria o petista preso em Curitiba), já tenta se desarraigar do PT, tecendo críticas as posturas dos dirigentes petistas, e seu partido, o PDT, já se articula junto ao PSB e PCdoB, para tornar-se a voz mais ativa no campo da esquerda em oposição ao governo conservador de Jair Bolsonaro.
Ciro havia dito que não voltaria a se candidatar, porém, com a ''atual situação'' voltou atrás e afirmou que não irá se “afastar da luta”, mas também não deixou claro de forma continuaria a se posicionar na política.
Importantes firguras do PDT, em declarações, já sinalizam uma tentativa de se desarraigar do lulismo, e tentar assumir o protagonismo no campo progressista-socialista, e já criticam e questionam o ''hegemonismo'' do PT no campo da esquerda. Notória nesse sentido foi a declaração de Cid Gomes, que viralizou na internet, e as próprias críticas que Ciro Gomes veem fazendo ao PT e Lula.
A estratégia é óbvia: com a derrota histórica do PT nas urnas, partido que até então era o protagonista hegemônico do campo socialista no país, e com o desgaste da imagem do partido causada pelos inúmeros casos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato, que levaram importantes e poderosas figuras da sigla para a prisão, incluíndo sua maior figura e líder, que perde apoio popular a cada dia preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, era mais do que certo que as esquerdas teriam que se reorganizar em torno de uma nova alternativa, ainda mais em um momento em que um candidato conservador chega ao poder com grande apoio popular.
Com a derrota do PT nas urnas e com o desgaste do lulismo, a esquerda terá que se reorganizar em torno de uma nova candidatura, e debater quais serão seus novos rumos pós-PT.
O deputado André Figueiredo, líder do PDT na Câmara, afirmou após reunião com parlamentares do PSB e do PCdoB, outrora aliados do PT, nesta 3ª feira (30) que o grupo pretende fazer uma oposição diferente da realizada pelo PT. 
“O PT tem um modos operandi próprio dele e nós respeitamos, em momentos de embate aqui dentro provavelmente estaremos juntos, mas o que não podemos aceitar de forma alguma é o hegemonismo que infelizmente o PT quer impor aos demais partidos no campo dele”, afirmou. “Não seremos e nenhum dos partidos se propõem a ser um puxadinho do PT”, disse o socialista.
Os líderes dos 3 partidos encontraram-se na Câmara. A intenção era definir qual será a oposição que os partidos farão ao futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL). “O PT tem um modus operandi próprio. O PDT, PC do B e PSB têm outro. Nós temos outro modelo de oposição”, afirmou.
O deputado comentou que os partidos não praticarão a obstrução indiscriminada de assuntos de interesse do governo, prática adotada pela oposição para dificultar a aprovação de projetos enviados pelo governo ao Congresso. “Onde pudemos discutir, vamos discutir”, disse Figueiredo.
O pedetista disse ainda que nenhum dos partidos aceitará ser “um puxadinho do PT”.

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